Acredite se quizer
Rouen, Dezembro, 1564 (Exclusivo)

A inacreditável história do capitão Francois de Civile chegou ao conhecimento do repórter quando este leu numa ata do Parlamento duas estranhas linhas:"ass.François de Civile,três vezes morto,três vezes enterrado, e três vezes pela graça de Deus,ressuscitado"
Tudo começou numa ensolarada tarde de Outubro de 1562. Uma detonação de arcabuz quebrou o silêncio, enquanto o capitão, cm Serviço de patrulha tombava com o maxilar partido,um rombo na nuca e o pescoço dilacerado.
Os soldados examinaram o corpo e diagnosticaram: morto. E de uma murada de 20 metros Civile foi jogado numa fossa infecta onde ficou até a noite.
Quando os coveiros chegaram, já os saqueadores haviam despojado o cadáver, Cavaram uma grande sepultura e junto com o capitão enterraram democraticamente um soldado.
A operação chegava ao fim quando apareceu um homem a correr. Era Nicole Delabarre, criado do falecido capitão: "Desenterrem-no.Quero dar-lhe uma sepultura decente"Impossível. Exumados os corpos, a escuridão da noite, a lama, a terra e o sangue não permitiram uma identificação.
E os enterraram novamente,.. Quando já se retiravam, o fiel Nicole verificou que o trabalho fôra mal feito : um braço estava descoberto. Ia enterrá-lo quando, num dos dedos da mão sangrenta, o brilho de um anel esquecido pelos saqueadores fez com que ele reconhecesse o patrão.
E a macabra exumação se repetiu.Desenterrado o capitão pela segunda vez Nicole levou-o nos ombros.Mas alguma coisa,uma secreta intuição,talvez,segredava-lhe que o patrão poderia ainda estar vivo.Chegou às ruas tortuosas de Rouen.Um hospital entrou.
O enfermeiro examinou o corpo: "Não adianta,está bem morto"
Nicole era teimoso. O fardo sangrento e enlameado voltou-lhe às costas e ele foi bater à porta de um experimentado cirurgião.Claude Faubuisson.
É uma forma atipica de morte violenta.Será um grande material para uma brilhante comunicação aos meus colegas enquanto o médico falava,Nicole recolocou a fúnebre carga nos ombros e saiu.Na rua encontrou um grande amigo do morto: o Sr. De Coquereaumont.Ele concordou com Nicole e juntos levaram o corpo para sua casa
Lavado,com os ferimentos tratados o "cadáver" permanecia estático sobre a cama alva.Durante cinco dias,nada,nem um tremer de pálpebras.No sexto dia uma das mechas colocadas na nuca começou a purgar:havia vida então!
E enquanto nas ruas à luta religiosa atingia as raias da violência,sucederam-se operações e curativos feitos pelo médico Richard le Gras.No dia seguinte Francois saiu do coma.
De repente,soldados invadiram o quarto.Era o saque e a pilhagem,junto com camas,armários e cofres,o pobre Civile foi lançado pela janela e voltou a ser sepultado na lama de uma fossa de esterco.O fiel Nicole não podia mais socorre-lo:fôra massacrado.
Três dias e três noites o "morto" permaneceu semi-enterrado na fossa.Na ante-véspera de todos-os-santos,encontram-no.Começava a cheirar mal.Feliz o Dr.Le Gras retomou o seu "cadáver"
Durante semanas dedicou-se a cura-lo.As feridas cicatrizaram.O capitão François Civile ficou vivo novamente.O que foi "morto" e enterrado três vezes "ressuscitou" também pela terceira vez.E espera,segundo nos disse que só voltará a ser sepultado quando estiver morto mesmo....
Fonte: O BRASIL EM JORNAL N° 22
Tudo começou numa ensolarada tarde de Outubro de 1562. Uma detonação de arcabuz quebrou o silêncio, enquanto o capitão, cm Serviço de patrulha tombava com o maxilar partido,um rombo na nuca e o pescoço dilacerado.
Os soldados examinaram o corpo e diagnosticaram: morto. E de uma murada de 20 metros Civile foi jogado numa fossa infecta onde ficou até a noite.
Quando os coveiros chegaram, já os saqueadores haviam despojado o cadáver, Cavaram uma grande sepultura e junto com o capitão enterraram democraticamente um soldado.
A operação chegava ao fim quando apareceu um homem a correr. Era Nicole Delabarre, criado do falecido capitão: "Desenterrem-no.Quero dar-lhe uma sepultura decente"
E a macabra exumação se repetiu.Desenterrado o capitão pela segunda vez Nicole levou-o nos ombros.Mas alguma coisa,uma secreta intuição,talvez,segredava-lhe que o patrão poderia ainda estar vivo.Chegou às ruas tortuosas de Rouen.Um hospital entrou.
O enfermeiro examinou o corpo: "Não adianta,está bem morto"
É uma forma atipica de morte violenta.Será um grande material para uma brilhante comunicação aos meus colegas enquanto o médico falava,Nicole recolocou a fúnebre carga nos ombros e saiu.Na rua encontrou um grande amigo do morto: o Sr. De Coquereaumont.Ele concordou com Nicole e juntos levaram o corpo para sua casa
Lavado,com os ferimentos tratados o "cadáver"
E enquanto nas ruas à luta religiosa atingia as raias da violência,sucederam-se operações e curativos feitos pelo médico Richard le Gras.No dia seguinte Francois saiu do coma.
Três dias e três noites o "morto"
Durante semanas dedicou-se a cura-lo.As feridas cicatrizaram.O capitão François Civile ficou vivo novamente.O que foi "morto"
Fonte: O BRASIL EM JORNAL N° 22
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